Pular para o conteúdo principal

Diversas alterações em vários órgãos abdominais de uma felina











Triste caso de uma paciente com avançado caso de neoplasia metastática muito agressiva. Tratava-se de um animal de idade média, não avançada ainda como muitas vezes se espera. Tenho observado, aliás, que os gatos domésticos apresentam um alto índice de neoplasias quando entre 2 e 8 anos de idade. Especula-se que a alimentação industrializada possa estar causando tais terríveis resultados.

Essas imagens mostram alças intestinais severamente espessadas e com total ausência de motilidade, bem como massas provavelmente provenientes de linfonodos mesentéricos, uma enorme quantidade de líquido livre na cavidade abdominal com diversos debris e uma massa de origem renal ou um rim em completa e total deformidade. 

Dias depois, a paciente foi a óbito, em casa, sem a autorização para a realização de necrópsia.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Alterações esplênicas em cães

As alterações esplênicas em cães normalmente são avaliadas de maneira subjetiva pelo ultrassonografista, já que existe uma variação de porte do paciente bastante grande. Ao contrário da esplenomegalia em felinos, que pode ser observada pelo aumento longitudinal do órgão, esta afecção em cães é comumente constatada pelo aumento transversal do mesmo.  Muitas são as causas da esplenomegalia, sendo importante destacar as hemoparasitoses, as parasitoses intestinais e epiteliais severas e as doenças endócrinas como hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo e diabetes mellitus.  Além do tamanho, o ultrassonografista deve estar atento à ecogenicidade esplênica, que de acordo com o macete "My Cat Loves Sunny Places" (M=medulla; C=cortex; L=liver - fígado; S=Spleen - baço; P=prostate) deve ser discretamente mais hiperecóica que o fígado e um pouco mais hiperecóica do que a camada cortical dos rins.  Outro aspecto importante é a ecotextura deste órgão, sauda

Piometra de coto uterino - algumas apresentações

As imagens acima foram obtidas em exames ultrassonográficos diferentes de algumas pacientes da espécie canina; elas representam algumas formas de apresentação da afecção infecciosa de coto uterino. Note os tamanhos variados de coto, a quantidade e as ecogenicidade e ecotextura variadas.  Esse é um quadro mais comumente observado em paciente da espécie canina e normalmente os sinais aparecem poucos dias após a ovariosalpingohisterectomia (OSH). A explicação para esse acometimento para estar na frouxidão do miometro previamente dilatado pela gravidez, piometra ou cio, combinada ao excesso de tecido uterino deixado pelo cirurgião. A existência prévia de piometra não é um fator totalmente predisponente à formação de piometra de coto uterino, porém pode ser um agravante.

Lama biliar em um felino

A lama biliar pode aparecer tanto fisiologicamente quanto patologicamente. Fisiologicamente quando o animal está em jejum há mais de 12 horas e patologicamente quando há obstrução do canal biliar, tríade felina, pancreatite isolada ou hepatite, cirrose, lipidose. No caso dessa felina tratava-se de jejum prolongado, porém, a mesma veio a romper dias depois, o que é muito curioso, já que não havia sequer aumento significativo da vesícula biliar e/ou espessamento da parede que indicasse um processo mais crônico, muito menos uma calcificação significativa que pudesse ser agressiva à parede fina da vesícula. A vesícula biliar foi retirada junto com o lobo quadrado, mas o caso ainda permanece um mistério