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Fisiopatologia

Fisiopatologia, do grego  phýsis+o+gr páthos+gr lógos+ia, o estudo das funções fisiológicas durante a doença ou das modificações dessas funções que permite a instalação de uma doença física.  Durante a graduação ouvimos muitas vezes o jargão “a clínica é soberana!” Se a clínica é soberana - e é! - então a fisiologia é divina. Conhecendo os mecanismos que levam à doenca (ou à saúde) é mais fácil compreender a cadeia de acontecimentos que leva à alteração que estamos observando na imagem da ultrassonografia.  O organismo funciona como um grande quebra-cabeças. Completo forma uma imagem linda; danifique ou tire uma peça e tenha uma imagem alterada, torta, incompleta.  Por isso sempre avaliamos um paciente por inteiro. Primeiro o visual, a conversa com o tutor ou pai/mãe, a “conversa” com o paciente (levante a mão o veterinário ou a veterinária que troca infinitas ideias com seus bichinhos), a avaliação física e depois os exames.  É aí que tudo começa a se ligar entre si. Seu conhecimento
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Princípios básicos da ecografia

  A ultrassonografia é uma modalidade de exame dentro do chamado “diagnóstico por imagem”. Assim como os exames laboratoriais, os exames de imagem são aqueles que auxiliam o clínico generalista a obter um diagnóstico mais preciso. Muitas vezes a anamnese levanta na cabeça do clínico suspeitas e os métodos de auxílio ao diagnóstico o ajudam a afunilar as chances e por isso fornecer ao paciente um tratamento mais preciso e uma possibilidade de resolução mais acurada ou de um prognóstico mais certeiro.  A emissão de ondas sonoras norteia a ultrassonografia. A maior parte de nós tem a capacidade de ouvir sons como vozes, músicas, barulhos… e conhecemos muito bem esse funcionamento. Sabemos que conforme nos afastamos da fonte do som, este fica mais fraco e conforme aumentamos ou diminuímos o volume, temos alteração na percepção do barulho. Sabemos também que barreiras entre a gente e a fonte do som também interferem no que ouvimos. Ao lembrar das aulas de física do ensino médio, talvez a ge

Instagram e redes sociais

Queridos e estimados leitores! Compartilhar conhecimento e experiências é a melhor forma de fixar conhecimento e expandir horizontes.  Convido-lhes a acompanhar minhas contas no Instagram, Facebook e LinkedIn. Semanalmente coloco casos diferentes, os famigerados e adorados corpos estranhos, algumas curiosidades e até desenhos e outros interesses do meu cotidiano.  Agradeço profundamente a participação de todos em todos os meios.  @fernanda.demarchi.assuncao FB.me/imaginologista.imaginativa Fernanda De Marchi Assunção - LinkedIn e YouTube ... Dear readers! Sharing knowledge and experience is the best way to reallt root our knowledge and expand horizons. I invite you to follow my accounts on Instagram, Facebook and LinkedIn. Weekly I post different cases, the famous and beloved foreign bodies, some curiosities and even drawings and other interests of my daily life. I am deeply grateful for everyone's participation in all media. @fernanda.demarchi.assuncao FB.m

Doenças agudas x doenças crônicas

As doenças renais ou nefropatias podem ser classificadas grosseiramente entre agudas e crônicas.  Para uma avaliação breve e enxuta, podemos dizer que as doenças agudas tendem a aumentar os órgãos e as crônicas a diminuí-los. Essa condição é muito clara nos rins.  Isso acontece porque os acometimentos agudos tendem a causar aumento da vascularização no local acometido enquanto que as doenças de longa duração já fazem o contrário.  Na ultrassonografia, tudo que é líquido produz menos eco e por isso torna-se hipoecóico e até anecóico (totalmente não produtor de eco). Logo, o sangue, a linfa, a urina, os transudatos e exsudatos, todos devem ser hipo ou anecóico.  Se um órgão está mais hipoecóico do que o habitual ou do que seu par contralateral e aumentado de tamanho, devemos pensar mais provavelmente em um quadro de desenvolvimento agudo ou recente. Aqui se encaixam as nefropatias agudas, as hepatopatias igualmente agudas, os edemas subcutâneos e articulares, dentre outros.  Se um órgão

Doenças inflamatórias intestinais

As doenças inflamatórias intestinais podem advir de uma combinação imprecisa entre meio ambiente, genética e imunologia.  Algumas possuem origem auto-imune e podem inclusive ser a manifestação de clínica de outras doenças de origem semelhante como o lúpus.  Para um diagnóstico preciso é imprescindível combinar avaliação clínica com diagnósticos complementares como ecografia abdominal, exame de fezes e de sangue.  Muitos pacientes apresentam quadros de diarreia crônica que oscilam grandemente de gravidade, por isso é necessária determinação das principais áreas acometidas do sistema gastrointestinal visto que as DIIs podem envolver um ou todos os segmentos do trato.  Na ultrassonografia é comum observar espessamento parietal com manutenção da estratificação e um possível maior envolvimento das camadas mucosa e submucosa. Linfonodos abdominais ou mesentericos podem apresentar aumento de tamanho com padrão inflamatório e a parede intestinal pode mostrar sinais visuais de linfangiectasia. 

Mucocele biliar

Chamamos de mucocele o acúmulo de conteúdo, predominantemente mucoso, em alguma cavidade. A composição da palavra vem dos termos muco + cele (cavidade).  A mucocele biliar se dá quando o fluxo de bile para fora da vesícula fica comprometido ou interrompido por algum motivo.  Como a bile está sempre sendo produzida pelo fígado e armazenada na vesícula, se ela não conseguir expelir seu conteúdo, ela começará a ficar cada vez mais cheia.  Muitas vezes no começo da afecção, nada fica evidente do paciente. Porém, depois de alguns dias, o paciente pode começar a apresentar náusea, vômito, diarreia, inapetência, hipo ou anorexia, ictericia, dor abdominal.  A bile tem como função principal o auxílio na digestão de alimentos gordurosos, logo, se ela fica presa por muito tempo na vesícula, ela pode começar a “comer” a parede, levando à necrose e ao emergente risco de ruptura.  É aqui que temos a mucocele. Uma afecção perigoso e perniciosa. Caso haja ruptura da vesícula biliar, a bile solta na ca

Ecografias da semana