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Puerpério saudável de uma cadela

A palavra puerpério tem origem etimológica no latim, sendo a mistura de duas palavras: puer , que significa "criança" e parere , "dar a luz", "parir". É neste período que alguns hormônios bastante atuantes na gravidez começam seu declínio para dar lugar aqueles que transformam a fêmea em mãe.  Com o aumento da secreção de prolactina, a liberação de LH fica inibida, bem como a atividade ovariana, o que coloca a fêmea em anestro. O útero começa a involuir no caminho para retornar ao tamanho observado antes da gestação. Esta imagem foi obtida no mesmo dia em que a cadela havia dado a luz a três filhotes. É possível observar ainda conteúdo intrauterino de ecogenicidade aumentada e ecotextura grosseira, que nada mais é do que placas de implantação placentária, anexos fetais e até um pouco de líquido amniótico. A parede uterina encontra-se espessa, bastante visível e até pregueada.  Espera-se que em condições normais, a fêmea possa expelir este ...

Piometra de coto uterino - algumas apresentações

As imagens acima foram obtidas em exames ultrassonográficos diferentes de algumas pacientes da espécie canina; elas representam algumas formas de apresentação da afecção infecciosa de coto uterino. Note os tamanhos variados de coto, a quantidade e as ecogenicidade e ecotextura variadas.  Esse é um quadro mais comumente observado em paciente da espécie canina e normalmente os sinais aparecem poucos dias após a ovariosalpingohisterectomia (OSH). A explicação para esse acometimento para estar na frouxidão do miometro previamente dilatado pela gravidez, piometra ou cio, combinada ao excesso de tecido uterino deixado pelo cirurgião. A existência prévia de piometra não é um fator totalmente predisponente à formação de piometra de coto uterino, porém pode ser um agravante.

Acúmulo de líquido no útero de uma gata

A maneira de reprodução dos felinos é bastante diferente da dos cães. Enquanto as cadelas entram no cio em períodos que variam da quadrimensalmente a semestralmente, as gatas entram no cio conforme a incidência solar e a presença de machos no perímetro próximo à sua região. Devido a tais diferenças, a ocorrência de piometra e outras alterações uterinas nas felinas é menos comum que na canídeas.  Nessas imagens podemos ver uma distensão uterina acentuada ocasionada por conteúdo anecóico. Como não há a formação de vesículas, pode-se descartar a possibilidade de prenhez.

Conteúdo uterino e ovários de uma canídea

A esterilização, ao contrário da crença de muitos proprietários, pode ser bastante benéfica para aqueles animais cuja reprodução não é desejada por algum motivo. Muitas doenças podem ser evitadas adotando-se esse tipo de prática, sendo uma delas a piometra.  A cada cio o organismo da cadela libera em seu corpo diversos hormônios a fim de preparar-se para a gestação. Cada um tem uma função e um alvo específicos, sendo o útero um dos principais locais de ação dos hormônios femininos. Toda essa oscilação que acaba ficando sem propósito, pode acabar predispondo o útero à infecções. Essa paciente apresentava grande quantidade de descarga vaginal fétida de coloração amarelada e o que se vê no ultrassom é uma enorme quantidade de líquido acumulado dentro do útero, que normalmente é visualizado com dificuldade dorsalmente à bexiga, não devendo apresentar nenhum tipo de conteúdo em seu interior.  Acredita-se que um útero distendido até as proporções de 2cm, variando conforme o t...

Útero não gravídico

Aqui o útero é observado em uma paciente - canina - em seu estado natural, logo após o cio. Repare que a ecogenicidade é pouco evidente, por isso deve-se sempre utilizar a bexiga como janela acústica para a melhor visualização deste órgão. Para diferenciar o órgão do cólon, deve-se observar se há algum sinal de peristaltismo (que é muitíssimo suave no intestino grosso), mantendo o transdutor sobre a bexiga por pelo menos cinco minutos. O cólon normalmente contém material pastoso com alguns pontos de gás, o que definitivamente não deve ser observada no útero. O útero com piometra é grande, ocupa a cavidade abdominal de maneira bem mais evidente. Às vezes, cadelas pós-cio ou em período puerperal podem apresentar sinais similares ao inicio da piometra, devendo ser monitoradas com cuidado e manter a correlação com a clínica da paciente.