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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Sedimentos em bexiga urinária de dois gatos

Enquanto a maioria das ultrassonografias realizadas em pacientes da espécie canina parece envolver o sistema reprodutor e o gastrointestinal, aquelas realizadas em gatos freqüentemente envolvem queixas e achados relativos ao sistema urinário, ao sistema intestinal e ao fígado. Sabendo disso, a bexiga urinária de um felino sempre deve ser avaliada com cuidado e a manobra de balotamento torna-se indispensável para um bom diagnóstico.  As imagens mostram a bexiga de dois gatos após o balotamento, por isso podemos ver diversas estruturas hiperecóicas flutuantes no líquido hipoecóico. O próximo passo deve ser a coleta da urina - preferencialmente por cistocentese para diminuir a contaminação - a fim de se enviar a amostra para análise laboratorial e  determinar se os sedimentos são de estruvita ou oxalato de cálcio, bem como se não há contaminação bacteriana da urina devido a uma possível lesão crônica da parede vesical. 

Cálculos em bexiga urinário de um felino

Essa imagem mostra, novamente, cálculos encontrados na bexiga de um gato. Esse paciente apresentava cistite recorrente e por isso foi encaminhado ao ultrassom. No exame constatou-se a presença de dois cálculos importantes que possivelmente lesionavam a parede e tornavam a mucosa mais propensa a contaminação bacteriana e à cistite. Infelizmente não existe uma intervenção a laser para cálculos renais e vesicais que seja compatível com as pequenas dimensões de um felino doméstico, por isso, a solução definitiva ainda é a cirurgia de extração manual. 

Espessamento e hiperecogenicidade parietal da vesícula biliar de um gato

A vesícula biliar é mais facilmente localizada com o animal em decúbito dorsal, com o probe posicionado na região caudal da cartilagem xifóide, de preferência no momento da inspiração. Logo após a alimentação, ela tende a estar quase totalmente vazia, o que pode dificultar sua visualização e se tornar um parâmetro para uma possível obstrução biliar além das alterações nos exames laboratoriais.  Aqui, vemos uma alteração parietal indicativa de inflamação, já que temos um aumento da ecogenicidade e da espessura da parede. Vários diagnósticos diferenciais cabem nesse quadro, dentre eles a hipoecogenicidade do parênquima hepático devido ao aumento da circulação no órgão (o que indicaria também um processo inflamatório agudo), que causaria uma impressão de aumento da ecogenicidade da parede da vesícula biliar (lembrar de comparar o parênquima hepático ao córtex renal, que devem ser muito parecidos); a inflamação da vesícula biliar; o acúmulo de sedimentos vesicais; uma neoplasia de vesíc

Plissamento de alças intestinais pós-enterectomia

Muitas vezes, mesmo o ultrassonografista mais experiente precisa de paciência e determinação para localizar e diferenciar uma estrutura abdominal de outra. Por isso a importância de sempre se fazer o exame com calma, com o animal em posição adequada, com o ajuste preciso do aparelho e com o todo o conhecimento e tino que se tenha disponível. A comparação entre os próprios órgãos abdominais nunca deve ser menosprezada e aquela mental com imagens vistas em outros exames ou em estudos também é também de suma importância.  Gatos e cães que ingerirem um corpo estranho linear como um fio, apresentam uma imagem bastante similar a essa mostrada, as chamadas alças intestinais em "cianinha", "zigue-zague" (...). Daí que o histórico do paciente se torna imprescindível para não submetê-lo a uma cirurgia desnecessária ou para não cometer um grave erro de diagnóstico. Essa plicatura é esperada no pós-cirúrgico recente de pacientes que foram submetidos a uma cirurgia de extraç

Ultrassonografia de massas subcutâneas em um cão e um gato

Cada vez mais a ultrassonografia veterinária vem sendo utilizada para avaliar outras partes do corpo do animal além do abdômen. Algumas das possibilidades são a ultrassonografia do globo ocular e a de tecido subcutâneo, incluindo glândulas mamárias e linfonodos. Em ambas as imagens podemos ver estruturas de origem desconhecida, possivelmente benignas. Ambas parecem possuir conteúdo líquido em seu interior e se localizam em meio à gordura subcutânea em diferentes regiões abdominais. A primeira imagem é de um cão e a segunda de um gato. Podemos ver pequenas similariedades entre elas, mesmo sendo as espécies diferentes. Infelizmente nenhum dos casos foi avaliado laboratorialmente, porém, ambas as estruturas não sofreram alteração de tamanho, localização ou forma, sendo avaliadas cuidadosamente a cada 6 meses. Essas características indicam benignidade, assim como o fato de se tratarem de formações císticas e não pedunculadas, como podemos confirmar através da ultrassonografia. 

Possíveis tricobezoares no estômago de dois felinos

Felinos de todos os portes usam a língua para fazer a higiene pessoal. É um método bastante eficaz de se manter asseado e, ao mesmo tempo, de manter o controle pacífico do grupo através da linguagem olfativa. Esse hábito, porém, tem a desvantagem de causar a ingestão acidental de diversos pêlos, que podem formar um aglomerado no trato gastrintestinal chamado tricobezoar.  Essa massa de pêlos pode causar sinais como anorexia, êmese, inapetência e prostação (similares a um processo obstrutivo) ou pode passar incólubre e ser naturalmente expelida pelo paciente através do vômito.  Gatos com acesso ao quintal ou a um terreno com gramíneas, facilmente encontrarão algum alimento de origem vegetal para ingerir e provocar o próprio vômito. Essas imagens são de dois gatos que não apresentavam sintomas gástricos ou intestinais. Ambos eventualmente conseguiram livrar-se dessas bolas de pêlo naturalmente. Essas imagens são interessantes porque podemos observar a similariedade entre elas e visu