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Mostrando postagens de agosto, 2011

A utilização do "modo M" para aferição dos BCF

Quando se está avaliando uma paciente gestante utilizando-se a ultrassonografia, uma das grandes preocupações é a saúde dos fetos. Para se certificar de tal, além de se observar o desenvolvimento organular e ósseo, deve-se atentar aos movimentos e aos batimentos cardíacos fetais (BCF).  Ao final da gestação e durante o trabalho de parto, os BCF inferiores à 90 bpm indicam sofrimento fetal, e por isso uma cesárea de emergência deve ser indicada imediatamente. Os fetos saudáveis devem apresentar em média o dobro dos batimentos cardíacos da mãe. Neste caso a mãe avaliada é da raça Dogue Alemão, um cão de porte gigante cujo coração bate aproximadamente 60-80 vezes por minuto, dependendo do nível de condicionamento físico; ou seja, os fetos devem apresentar de 120-160 bpm.  Como contar visualmente os batimentos cardíacos dos fetos é uma tarefa muito difícil e imprecisa, pode-se usar o "modo M" para uma estimativa mais sensível. Neste modo, a imagem adquire a aparência de um gr

Edema renal subcapsular em um gato

Os gatos parecem ter uma tendência particular de desenvolvimento de linfomas de origens diversas. Uma das características imaginológicas mais características de linfoma renal é o edema subcapsular, como observado nessas figuras. Se acompanhada de espessamento concêntrico da camada cortical, é possível também observar alterações bioquímicas como aumento da uréia e da creatinina comuns na insuficiência renal. Outra doença que também produz esse sinal é a peritonite infecciosa felina. A PIF normalmente é acompanhada de aumento das proteínas totais e frações, particularmente da globulina. Doenças virais como a FIV (Feline Immunodeficiency Virus) e a FelV (Feline Leuchemia Virus) e até certas doenças endócrinas como o hiperadrenocorticismo podem causar edema renal subcapsular, porém em casos isolados e menos frequentemente observados.

Alterações em parede de bexiga de diversas pacientes

Aparentemente as fêmeas dos mamíferos têm mais tendência em desenvolver cistite, que muitas vezes pode evoluir para processos crônicos ou até serem de origem idiopática, como a cistite intersticial crônica. A cistite é comumente caracterizada pelo espessamento difuso da parede da vesícula urinária, e pode ser mais evidente na região cranioventral. Como a parede deste órgão é composta de três camadas (mucosa, submucosa e muscular, no sentido que vai do lúmen à porção mais externa), a mais afetada é a porção interna, ou seja, a mucosa, que se torna rugosa mesmo quando distendida por conteúdo interno. Alguns casos de cronicidade severa e verdadeiramente prolongada causam mineralização da parede, porém este sinal é pouco observado. Não se pode diferenciar macroscopicamente a cistite da neoplasia de células transitórias, já que ambas causam alterações muito parecidas, inclusive irregularidade e ulceração da mucosa. Pólipos podem estar presente tanto na cistite polipói