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Mostrando postagens com o rótulo estratificação

Alterações em parede de bexiga de diversas pacientes

Aparentemente as fêmeas dos mamíferos têm mais tendência em desenvolver cistite, que muitas vezes pode evoluir para processos crônicos ou até serem de origem idiopática, como a cistite intersticial crônica. A cistite é comumente caracterizada pelo espessamento difuso da parede da vesícula urinária, e pode ser mais evidente na região cranioventral. Como a parede deste órgão é composta de três camadas (mucosa, submucosa e muscular, no sentido que vai do lúmen à porção mais externa), a mais afetada é a porção interna, ou seja, a mucosa, que se torna rugosa mesmo quando distendida por conteúdo interno. Alguns casos de cronicidade severa e verdadeiramente prolongada causam mineralização da parede, porém este sinal é pouco observado. Não se pode diferenciar macroscopicamente a cistite da neoplasia de células transitórias, já que ambas causam alterações muito parecidas, inclusive irregularidade e ulceração da mucosa. Pólipos podem estar presente tanto na cistite polipói...

Aumento evidente da espessura parietal das alças intestinais de um felino

As doenças intestinais são comumente encontradas em felinos domésticos. Alguns autores acreditam se tratar de alterações provenientes dos hábitos alimentares impostos pelos proprietários modernos ao seus gatos, enquanto outros crêem se tratar de mudanças nos métodos diagnósticos, agora mais modernos e precisos que aumentariam a frequência de detecção das doenças.  Normalmente preconiza-se que há uma diferença macroscópica e imaginológica entre as duas alterações intestinais mais comuns encontradas em felinos: a doença intestinal crônica e/ou idiopática e o linfoma intestinal. Na rotina da Clínica Veterinária Mania de Gato, em Curitiba (PR), Brasil, especializada e exclusiva no atendimentos de gatos, tem-se observado que apesar de estudos de ultrassonografia veterinária indicarem que o linfoma intestinal vem acompanhado de perda de estratificação parietal, a grande maioria dos casos em que há apenas espessamento intestinal e estratificação preservada que são submetidos à avaliaç...

camadas da parede do intestino delgado

Repare nessa imagem e compare-a com aquelas postadas anteriormente obtidas no exame ultrassongráfico. Tente identificar as diferentes camadas no ultrassom, lembrando-se de que o líquido é anecóico quando mistura verdadeira, por isso locais com maior circulação, como o músculo, tem uma ecogenicidade menos acentuada do que a serosa, que é menos vascularizada. A vantagem da ultrassonografia é poder também observar os movimentos peristálticos em tempo real, sendo isso muito importante até para diferenciar as alças em corte transversal de possíveis abscessos em linfonodo mesentérico.

anatomia ultrassonográfica do intestino delgado de um felino

Para localizar as alças intestinais recomenda-se primeiramente localizar a bexiga urinária com o transdutor, e então, seguir em direção cranial. Esse é o local que devemos encontrar as alças intestinais do intestino delgado. Esta porção do intestino não deve conter gases em seu interior e sim conteúdo líquido-pastoso, com alguns pontilhados de gás, não suficiente para causar sombreamento acústico. Caso contrário, devemos suspeitar fortemente de obstrução por corpo estranho, enterólito, intussucepção e outros. Nessas imagem temos dois cortes diferentes de alças intestinais da mesma paciente. Na primeira imagem o corte é transversal, de três alças intestinais. Repare no conteúdo levemente hiperecóico e na parede, composta de serosa, muscular, submucosa e mucosa; sendo a serosa hiperecóica, a muscular hipoecóica e a submucosa e mucosa levemente hiperecóicas, misturando-se ao conteúdo do lúmen, hiperecóico também. Essa visualização é mais fácil no corte longitudinal, na segunda imagem,...

anatomia gástrica

Para facilitar a compreensão da imagem anterior, podemos olhar esse desenho bem elucidativo de um estômago saudável. Nela podemos ver as camadas que formam este órgão; tendo a imagem em mente, visualiza-la igualmente na ultrassonografia torna-se muito mais fácil.

anatomia ultrassonográfica do estômago de um felino

Essa foto é linda e extremamente importante para o paciente. Muitos de nós acabsmos por negligenciar a importância de se avaliar o estômago, principalmente porque costuma ser frustante tentar identificar qualquer coisa em um órgão cheio de alimento e conteúdo gasoso e liquido. Mas observá-lo com cuidado pode ser um grande diferencial no diagnóstico de alguma enfermidade ainda no começo de seu desenvolvimento. A parede do estômago é composta de três camadas: a externa ou serosa, a do meio ou muscular e a interna ou mucosa. Neste imagem de ultrassom elas aparecem logo acima da palavra "estmag" (a letra O não funcionou), como uma linha torta hiperecóica, sendo a serosa; logo abaixo uma linha igualmente torta hipoecóica é a camada muscular e por fim, outra linha hiperecóica, a mucosa que reveste o lúmen estomacal. Quando um animal tem ulcerações frequentes na parede do estômago, esse exame pode nos ajudar a suspeitar de uma contaminação por Helicobacter sp., uma úlcera não-co...