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Mostrando postagens com o rótulo biópsia

Massas renais complexas

Massas renais podem ter características sonográficas complexas, contendo áreas anecóicas, hipoecóicas e hiperecóicas (NYLAND e MATOON, 2002). Naturalmente isso representa uma dificuldade no diagnóstico preciso, uma vez que as suspeitas são múltiplas. As áreas anecóicas e hipoecóicas geralmente representam regiões de hemorragia ou necrose e não devem ser confundidas com cistos verdadeiros, já que estes tendem a produzir reforço acústico subjacente mais intenso. As porções sólidas ou hiperecóicas costumam ser isoecóicas em relação à camada cortical e normalmente consistem da menor parte da alteração (NYLAND e MATOON, 2002).  Para se afunilar os diagnósticos diferenciais a correlação com outro exames complementares é fundamental. Por exemplo, ao se suspeitar de hematomas, o ultrassonografista veterinário deve avaliar o histórico e o hemograma do paciente avaliado, já que essa alteração é mais comum em animais jovens que sofreram um trauma ou que possuam desordens de coagu...

Fibrose hepática em um gato

A fibrose ou cirrose hepática é uma condição pouco observada em cães e gatos até por sua dificuldade de diagnóstico, já que muitas vezes o paciente pode ser assintomático ou apresentar sintomas pouco específicos como êmese e baixa tolerância alimentar.  Macroscopicamente a doença caracteriza-se por microhepatia, hipoecogenicidade generalizada de parênquima hepático, irregularidades de bordas do órgãos e pontos hiperecóicos difusamente espalhados pelo parênquima (área de fibrose). Muitas vezes observar-se-á dilatação de ductos biliares e hepáticos, além de aumento da vesícula biliar, uma vez que a intensa cicatrização local torna o tecido rígido e pouco elástico, dificultando o escoamento de conteúdo biliar.  A única maneira de se confirmar a suspeita de diagnóstico é através da realização de biópsia hepática, que pode ser realizada por colheira ecoguiada durante sedação do paciente. Essa colheita de material deve ser feita de maneira estéril e com acompanhame...

Ultrassonografia de massas subcutâneas em um cão e um gato

Cada vez mais a ultrassonografia veterinária vem sendo utilizada para avaliar outras partes do corpo do animal além do abdômen. Algumas das possibilidades são a ultrassonografia do globo ocular e a de tecido subcutâneo, incluindo glândulas mamárias e linfonodos. Em ambas as imagens podemos ver estruturas de origem desconhecida, possivelmente benignas. Ambas parecem possuir conteúdo líquido em seu interior e se localizam em meio à gordura subcutânea em diferentes regiões abdominais. A primeira imagem é de um cão e a segunda de um gato. Podemos ver pequenas similariedades entre elas, mesmo sendo as espécies diferentes. Infelizmente nenhum dos casos foi avaliado laboratorialmente, porém, ambas as estruturas não sofreram alteração de tamanho, localização ou forma, sendo avaliadas cuidadosamente a cada 6 meses. Essas características indicam benignidade, assim como o fato de se tratarem de formações císticas e não pedunculadas, como podemos confirmar através da ultrassonografia.  ...

Alteração de posicionamento de segmento intestinal em um Lhasa Apso

Este Lhasa Apso de quatro anos recebeu indicação de realização de ultrassongrafia por que apresentava episódios eméticos esporádicos, porém crônicos, não acompanhados de diarréia, febre, inapetência ou hiporexia. Devidamente vacinado e vermifugado, este paciente é extramamente ansioso e ativo, vivendo como único animal de uma casa. A primeira suspeita foi de se tratar de uma doença intestinal inflamatória, diagnóstico parcialmente confirmado por este exame, porém só confiável se acompanhado de uma biópsia das cinco camadas intestinais. A doença intestinal inflamatória é normalmente idiopática e costuma manifestar os primeiros sintomas quando o paciente está em idade de jovem adulto (por volta de 5 anos), sendo comum em felinos e cães de pequeno e mini porte. A imagem ultrassográfica dessa patologia consiste da edemaciação da camada mucosa do intestino delgado e da hiperecogenicidade da mesma.  Em felinos, o principal diagnóstico diferencial é linfoma; daí a importância da real...

Linfoma intestinal em um felino

Linfomas são o tipo de neoplasia mais comumente encontrado na clínica de felinos. Dentre todas as variedades existentes, a que mais rotineiramente eu vejo nos exames ultrassonográficas é a intestinal. Neste caso a desconfiança de se tratar de um linfoma intestinal é alta, por dois motivos principais. O primeiro é que há um aumento significativo de todos os linfonodos mesentéricos (como observado na segunda figura) e o segundo, é que a camada da parede intestinal que está mais espessada é a submucosa. Quando se trata de doença intestinal inflamatória, a camada mais afetada é a própria mucosa, bem como nos casos de tríade felina, sem contar que nesse caso, a inflamação é restrita ao duodeno. Nos casos de neoplasia, dificilmente as camadas são distintas. Naturalmente, a única maneira de se ter certeza é com a biópsia, como foi feita nesse caso. O resultado do exame confirmou a suspeita de tratar-se de um linfoma e a paciente está sendo devidamente medicada. O por quê de eu ter pos...