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Mostrando postagens com o rótulo diferenciação córtico-medular

Anormalidade renais em um gato

Ao realizar o exame ultrassonográfico de um gato ou de um cachorro, nenhum órgão deve ser neglicenciado. Situações especiais como prenhez ou neoplasias e alterações muito grandes dificultam a visualização de todos os órgãos, porém, normalmente é possível observá-los com facilidade e não haverá evidente aumento de tempo do exame do imaginologista, para não mencionar o ganho no auxílio ao diagnóstico proporcionado pelo ultrassom minuscioso. Observe as alterações renais encontradas neste paciente: cicatriz renal na cápsula (no local das flechas), aumento do tamanho de maneira generalizada, perda da diferenciação córtico-medular e diminuição da ecogenicidade cortical de maneira irregular. Mesmo não tendo a cicatriz renal uma evidente importância clínica, as outras alterações podem indicar infartos renais, hematomas, cistos, insuficiência renal aguda, glomerulonefrite, dentre outros. 

Diferenças de ecogenicidade do lobo hepático e da córtex renal

Se você trabalha com ultrassonografia de animais ou pretende trabalhar, é muito possível que já tenha ouvido falar da sigla " M y C at L oves S unny P laces". É um lembrete em inglês para que os ultrassonografistas saibam a relação de hiperecogenicidade e hipoecogenicidade entre os principais órgãos abdominais. Pegando a primeira letra de todas as palavras e partindo do mais hipoecóico para o mais hiperecóico temos: M edula renal, C órtex renal, L iver (fígado), S pleen (baço) e P róstata. Essa seria a relação normal de ecogenicidade entre os órgãos quando não há nenhuma alteração presente. É importante salientar que, para ter uma comparação fidedigna, o ganho total e os parciais devem permanecer os mesmos quando se circula de um õrgão para o outro, senão você pode criar uma falsa diferença. Os órgãos mais fáceis de se comparar são o fígado e o rim direito, já que estão fisicamente próximos e você incluí-los na mesma imagem, nem margem para erro. Na imagem acima é exatamen...

Insuficiência renal crônica e aumento renal compensatório em um felino

Processos crônicos levam ao atrofiamento de um õrgão, parte de um õrgão e de uma glândula. Em compensação, no caso de õrgãos pares como os rins, o outro acaba por assumir parte da função daquele que já entrou em colapso e sofre um aumento significativo de tamanho dada asnovas ou maiores funções que acaba assumindo. O mesmo pode ocorrer em pacientes que sofreram esplenectomia e acabam por ter uma hepatomegalia que podemos chamar de funcional ou compensatória.  No caso dessa paciente, não muito idosa, porém felina por excelência e com tendências a alterações renais, o rim esquerdo já está bastante atrofiado devido à doença previamente existente que pode ser ter por causa ou consequência a presença de calcificações em todo seu interior, especialmente na região pélvica e medular. Em resposta a isso, seu rim direito sofreu modificações estruturais bastante importantes para a manutenção da vida do sistema, aumentando de tamanho e assumindo as f...

Ausência de alterações renais típicas em um paciente renal crônico

Muitas vezes as imagens não condizem com nossas expectativas em relação ao quadro clínico ou aos exames laboratoriais de um paciente. Esse felino é portador de doença renal crônica previamente diagnosticada e foi encaminhado para a ultrassonografia por questões de controle, já que a proprietária iria mudar-se de cidade e precisaria de um check-up de seus gatos antes da viagem. O esperado em casos de doença renal crônica (DRC) é encontrar rins diminuídos de tamanho, com alterações na arquitetura interna e muitas vezes alterações no formato geral. Diminuição da ecogenicidade de forma generalizada é outro sinal característico, assim como a pequena ou ausência de diferenciação córtico-medular. Interessante foi observar que este paciente não apresentou nenhuma das alterações esperadas, mesmo sendo clinicamente perceptíveis os efeitos da doença renal; reforçando a necessidade da combinação de exames auxiliares ao diagnóstico clínico para chegar-se a uma conclusão mais exata e precisa. ...

anatomia ultrassonográfica do rim de um felino

Esta foto, se pensarmos em termos de enfermidades e imagens de patologias, não tem nada de especial, porém, ao pensarmos no que esperamos ver em um animal saudável, ela se torna extremamente envolvente. Nela observamos o rim esquerdo em corte sagital (o rim esquerdo, aliás, é muito fácil de localizar em gatos, por isso sempre rende boas imagens praticamente didáticas, tanto do que é desejável quanto daquilo que não se gostaria de encontrar), facilitando a observação dos divertículos e da parte cortical e medular, além de uma pequena porção da pelve renal (pequenos pontos hiperecóicos onde os divertículos convergem). É importante lembrar que os felinos possuem os divertículos mais "dilatados" do que os canídeos, o que poderia causar certa estranheza em um médico acostumado com cães, pois neste caso sugereria dilatação e provável obstrução do ureter. Também nesta imagem vê-se porque realizar uma ultrassonografia num gato é mais agradável. A quantidade de gordura abdominal fa...