A mucocele biliar se dá quando o fluxo de bile para fora da vesícula fica comprometido ou interrompido por algum motivo.
Como a bile está sempre sendo produzida pelo fígado e armazenada na vesícula, se ela não conseguir expelir seu conteúdo, ela começará a ficar cada vez mais cheia.
Muitas vezes no começo da afecção, nada fica evidente do paciente. Porém, depois de alguns dias, o paciente pode começar a apresentar náusea, vômito, diarreia, inapetência, hipo ou anorexia, ictericia, dor abdominal.
A bile tem como função principal o auxílio na digestão de alimentos gordurosos, logo, se ela fica presa por muito tempo na vesícula, ela pode começar a “comer” a parede, levando à necrose e ao emergente risco de ruptura.
É aqui que temos a mucocele. Uma afecção perigoso e perniciosa. Caso haja ruptura da vesícula biliar, a bile solta na cavidade abdominal pode causar peritonite intensa e até digestão parcial de glândulas vitais como o pâncreas.
O risco de vida do paciente é muito grande, por isso a cirurgia para remoção da vesícula biliar e correção das possíveis consequências de uma ruptura ou extravasamento de conteúdo pra cavidade é emergencial.
Essa paciente apresenta sinais de neoplasia em adrenal esquerda (estrutura disforme observada na segunda imagem deste post), o que pode predispor a dislipidemia ou hiperlipidemia e hepatomegalia. Maior quantidade de gordura no sangue pode resultar em maior viscosidade biliar e aumento do tamanho do fígado pode significar compressão dos ducto biliares, por isso ela já estava com o risco duplamente aumentado de desenvolver obstrução biliar.
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