A observação do diafragma pode ser um ponto importante para momentos de dúvida sobre rompimento do mesmo em casos de atropelamento, acidentes com arma de fogo, perfurações (...). Muitas vezes é difícil se ter certeza sobre a continuidade do músculo, porém pode-se atentar à presença de alças intestinais, porções do fígado ou estômago dentro da cavidade torácica.
As alterações esplênicas em cães normalmente são avaliadas de maneira subjetiva pelo ultrassonografista, já que existe uma variação de porte do paciente bastante grande. Ao contrário da esplenomegalia em felinos, que pode ser observada pelo aumento longitudinal do órgão, esta afecção em cães é comumente constatada pelo aumento transversal do mesmo. Muitas são as causas da esplenomegalia, sendo importante destacar as hemoparasitoses, as parasitoses intestinais e epiteliais severas e as doenças endócrinas como hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo e diabetes mellitus. Além do tamanho, o ultrassonografista deve estar atento à ecogenicidade esplênica, que de acordo com o macete "My Cat Loves Sunny Places" (M=medulla; C=cortex; L=liver - fígado; S=Spleen - baço; P=prostate) deve ser discretamente mais hiperecóica que o fígado e um pouco mais hiperecóica do que a camada cortical dos rins. Outro aspecto importante é a ecotextura deste órgão, sauda
Olá Dra Fernanada, boa tarde!
ResponderExcluirMe chamo Diego e sou doutorando da faculdade de medicina da USP.
faça eco cardiograma em animais de experimentação, e gostaria de saber quais são os parãmetros que vc usa para avaliar o diafragma dos animais (freque~encia de transdutor, pre set, posição do trasnsdutor)
Seria de grande ajuda para mim!
Obrigado
diego.figueroa07@gmail.com
Olá Dr Diego, boa noite!
ResponderExcluirObrigada por sua visita ao blog e comentário. Fiquei muito contente de poder ajudar um colega da medicina. Espero que seu projeto de doutorado seja um sucesso.
Os parâmetros físicos que uso para avaliação do diafragma são os próprios órgãos, especialmente o fígado. Não sei qual o tamanho médio dos cães que você avalia, mas vou partir do pressuposto de serem de porte médio, como um Beagle. Para este tamanho eu usaria a frequência de 7.5 mHz. Particularmente não gosto de nenhum transdutor convexo, mas sendo assim ou reto, de preferência para os micro., assim não só você pode posicioná-lo logo caudalmente ao xifóide e girar a ponta na direção cranial do paciente (exercendo pressão neste caso, como se fosse aquele pedido de "inspire" para seu paciente humano), quanto posicioná-lo nos décimo segundo e décimo primeiro espaços intercostais. A melhor posição é o decúbito dorsal, mas manter o animal sentado sobre a lombar também pode lhe ajudar a manter o fígado longe do caminho. O pré-set é meu próprio software que faz, mas veja as especificações na imagem acima (neste Mindray 3300-DP Vet eu basicamente mexo no ganho, frequência e "suavizador de bordas", além da própria profundidade).
Espero ter lhe ajudado!
Abraços,