Alterações como a piometra, mucometra e hemometra são comumente encontradas em cadelas com capacidade reprodutiva intacta e que não cruzam com a frequência esperada pelo seu organismo.
Muitas vezes tais alterações são consequência da oscilação hormonal ocorrida no cio e nos casos de pseudociese.
Essa paciente tem dois anos e desde o último cio passou a produzir leite, mesmo não tido contato com cães machos.
No ultrassom podemos observar o espessamento da parede uterina e presença de um conteúdo hiperecóico próximo à mucosa, indicando uma provável mucometra, já que a paciente não apresentava grande quantidade de descarga vaginal.
Olá Fernanda, sou residente em diag. por imagem e adoro acompanhar seu blog. Acho muito informativo para nós médicos veterinários. Nesse caso específico, o conteúdo visualizado não seria de anecogênico a hipoecogênico? Bjs
ResponderExcluirOlá Ingrid! Obrigada pelo seu contato! Fiquei muito feliz de saber que você acompanha e aprova o blog. Gostei da sua interação, é exatamente o que eu espero.
ResponderExcluirEu visualizo um conteúdo hiperecóico dentro do útero. Repare que a parede está espessada e tendendo para hipoecóico, o que torna o conteúdo intrauterino hiperecóico relativamente. Acredito que, nesse caso, seria mais uma inflamação da camada mucosa mesmo, por isso creio se tratar de "conteúdo" hiperecóico.
Beijos!
Minha cadela tem 3 anos e a primeira cruza, começou aparecer secreção vaginal e no ultrasson deu Mucometra. Ela está tomando antibiótico mas a veterinária quer castrar e eu quero tentar salvar a cria, já que ela esta reagindo bem ao tratamento.
ResponderExcluirGostaria de uma opinião.
Olha, o antibiótico está perfeito, pois trata-se de uma infecção bacteriana. Entretanto o mais aconselhável é a OSH (hesterectomia), veja que situação de quadrupede do cão dificulta a saída do conteúdo uterino (difente do humano). Não hesite em fazer a cirurgia se realmente for uma muco, pio, ou hemometra.
ResponderExcluirAbraço,
JOAO BATISTA (VETERINÁRIO)
Fernanda, foi muito legal ver está imagem, pois hoje fiz uma US num paciente (já te falei que estou começando)e a imagem é identica a que vejo. Acho que tou no caminho certo.
ResponderExcluirEu imprimir e enviei para a colega que solicitou e coloquei num cantinho acanhado que era uma piometra. Legal não errei. Depois te mando a imagem para que voce possa também me ajudar. Obrigado.
que bom que gostou, queiroz! espero mesmo que se for uma piometra, a cadelinha fique bem :) lembre-se de sempre correlacionar possíveis alterações bioquímicas com o ultrassom; ajuda a diminuir possibilidades de erro.
ResponderExcluirabraços!
Oi Fernanda,
ResponderExcluirEstou com muita dificuldade essa parte de reprodutor feminino e pâncreas. Nessa foto, logo abaixo da bexiga a gente nota duas estruturas...muitas vezes não é possível acompanhar o trajeto o início ao fim, então como vou saber diferenciar de uma veia/artéria?
Beijos Lígia
Olá Lígia,
ExcluirObrigada pelo seu contato e comentário! Espero poder ajuda-la da melhor maneira possível.
Normalmente os vasos são preenchidos por material totalmente anecóico e límpido, o que já começa os diferenciando de demais estruturas tubulares. Depois, como a artéria pulsa e a veia cava está encostada nela, você possivelmente detectará a pulsação tanto em um, quanto no outros. A parede da artéria aorta, no caso, costuma ser hiperecóica e bastante espessa (aproximadamente 1.50 mm), enquanto que a da veia cava caudal não é detectável devido sua pequena espessura. Finalmente, a VCC pode ser pressionada e colabar momentaneamente com o peso do transdutor, o que não aconteceria com o útero, por exemplo, e nem mesmo com a artéria aorta.
Beijos,
Quanto ao pâncreas, tente começar localizando-o no espaço entre o duodeno descendente e o pólo caudal do rim direito. Entre essas duas estruturas você deve conseguir ver o lobo direito do pâncreas em corte transversal, quando adquire formato triangular com o ducto aparecendo como um pequeno ponto hiperecóico no meio. Encontrando-o neste local, basta girar o transdutor delicadamente e coloca-lo em posição longitudinal. Lembre que geralmente e dependendo do aparelho, o pâncreas hígido não é totalmente diferenciável da gordura mesentérica.
ExcluirBeijos,