Pular para o conteúdo principal

Hérnia abdominal em um felino acidentado




Vítima de um possível atropelamento, esse gato foi encaminhado às pressas à clínica veterinária pois apresentava um aumento abdominal em região hipogástrica direita e estava com incontinência fecal. 

Avaliado ultrassonograficamente foi possível observar que o aumento abdominal tratava-se de uma hérnia da musculatura abdominal tendo como conteúdo diversas alças intestinais. Não havia perfuração aparente de nenhum õrgão, pois não foi observado líquido livre na cavidade.

Observe a espessura da parede abdominal comparando as imagens da bexiga, ainda na cavidade intacta, e das alças intestinais. 

Comentários

  1. Olá Dra tudo bem? Saberia informar quanto tempo no mínimo é preciso para estabilizar um animal, para se proceder com a cirurgia de ruptura diafragmática?
    Abs, Dalton!

    ResponderExcluir
  2. olá dalton! tudo bem comigo e você, como vai?
    a estabilização do paciente com suspeita de ruptura diafragmática deve ser feita através do sistema de ventilação controlada, utilizando-se oxigênio a 100% e administrando-se aminofilina a fim de prevenir o choque devido à hipoventilação. o tempo vai variar de acordo com o estado inicial do paciente.
    quanto antes ele for atendido, maiore as chances de recuperação, já que a taxa de mortalidade em pacientes já em estado de choque costuma ser grande.
    abraços!

    ResponderExcluir
  3. Olá dra tudo ótimo!obrigado por tirar minha dúvida. Fiz essa pergunta devido uma cadela que perdi numa cirurgia as pressas feita dia 29 do último mês tendo morrido em virtude de fatores duvidosos que a levaram a este fim, infelizmente. fiquei muito chateado com a situação ainda aguardo o prontuário para ver se posso fazer a respeito. Agradeço pela atenção, um grande agraço.
    Dalton

    ResponderExcluir
  4. que pena, dalton, sinto muito. essas coisas acontecem mesmo, mas mesmo assim ficamos meio abalados. vocês fizeram necrópsia na paciente?
    abraços

    ResponderExcluir
  5. Oi dra, não foi feita. O médico diagnosticou a hérnia e partiu logo para a cirurgia, ela era linda olha a foto :

    http://img834.imageshack.us/img834/2103/clipboardp.png

    ResponderExcluir
  6. que pena mesmo, dalton. era muito bonita e devia ser uma querida. essas coisas acontecem, os riscos de vida em situações emergenciais são realmente grandes...

    ResponderExcluir
  7. Boa noite Fernanda. Eu queria lhe agradecer pela gentileza em ter respondido e tirado minhas dúvidas. Infelizmente, realmente temos que conviver com esses infortúnios. Sucesso. Dalton.

    ResponderExcluir
  8. dalton, infelizmente esses acontecimentos fazem parte da profissao... espero que eu tenha mesmo esclarecido suas duvidas e possa ajudar mais futuramente. sucesso!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Alterações esplênicas em cães

As alterações esplênicas em cães normalmente são avaliadas de maneira subjetiva pelo ultrassonografista, já que existe uma variação de porte do paciente bastante grande. Ao contrário da esplenomegalia em felinos, que pode ser observada pelo aumento longitudinal do órgão, esta afecção em cães é comumente constatada pelo aumento transversal do mesmo.  Muitas são as causas da esplenomegalia, sendo importante destacar as hemoparasitoses, as parasitoses intestinais e epiteliais severas e as doenças endócrinas como hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo e diabetes mellitus.  Além do tamanho, o ultrassonografista deve estar atento à ecogenicidade esplênica, que de acordo com o macete "My Cat Loves Sunny Places" (M=medulla; C=cortex; L=liver - fígado; S=Spleen - baço; P=prostate) deve ser discretamente mais hiperecóica que o fígado e um pouco mais hiperecóica do que a camada cortical dos rins.  Outro aspecto importante é a ecotextura deste órgão, sauda

Piometra de coto uterino - algumas apresentações

As imagens acima foram obtidas em exames ultrassonográficos diferentes de algumas pacientes da espécie canina; elas representam algumas formas de apresentação da afecção infecciosa de coto uterino. Note os tamanhos variados de coto, a quantidade e as ecogenicidade e ecotextura variadas.  Esse é um quadro mais comumente observado em paciente da espécie canina e normalmente os sinais aparecem poucos dias após a ovariosalpingohisterectomia (OSH). A explicação para esse acometimento para estar na frouxidão do miometro previamente dilatado pela gravidez, piometra ou cio, combinada ao excesso de tecido uterino deixado pelo cirurgião. A existência prévia de piometra não é um fator totalmente predisponente à formação de piometra de coto uterino, porém pode ser um agravante.

Lama biliar em um felino

A lama biliar pode aparecer tanto fisiologicamente quanto patologicamente. Fisiologicamente quando o animal está em jejum há mais de 12 horas e patologicamente quando há obstrução do canal biliar, tríade felina, pancreatite isolada ou hepatite, cirrose, lipidose. No caso dessa felina tratava-se de jejum prolongado, porém, a mesma veio a romper dias depois, o que é muito curioso, já que não havia sequer aumento significativo da vesícula biliar e/ou espessamento da parede que indicasse um processo mais crônico, muito menos uma calcificação significativa que pudesse ser agressiva à parede fina da vesícula. A vesícula biliar foi retirada junto com o lobo quadrado, mas o caso ainda permanece um mistério