Os quimioterápicos utilizados para o tratamento de neoplasias são drogas de ação bastante agressiva, pois suas aplicações visam combater as células de crescimento anômalo que compõem a base de um câncer.
Assim como são agressivos à neoplasia, os quimiotérapicos acabam trazendo também muitos efeitos colaterais indesejáveis, que normalmente passam desapercebidos num paciente veterinário,já que a queda de pêlo não é observada, com excessão dos bigodes, e as náuseas e episódios eméticos não aparecem com tanta frequência como nos pacientes humanos.
Um dos efeitos indesejáveis possíveis durante um tratamento prolongado com medicações tão fortes é a diminuição ou até perda da motilidade intestinal, ocasionando dores abdominais, tenesmo e consequente prostração e apatia. Outro efeito pode ser a anemia e a diminuição da séria branca do sangue, que causam um aumento responsivo do baço e do fígado, órgãos em parte responsáveis pela manutenção das condições
ótimas dos componentes circulatórios.
Esse paciente tem um histórico de uso de drogas tais como vincristina para o tratamento de um linfoma previamente confirmado por avaliação imaginológica e bioquímica. Ele apresentava-se prostado e hiporréxico há dois dias, tendo evacuado apenas uma vez fezes bastante ressecadas e escurecidas. Sua última sessão de quimioterapia havia sido a duas semanasdo dia desse exame e as mesmas vêm acontecendo há aproximadamente 6 meses, respeitando-se oprotocolo utilizado para tal neoplasia.
Ao exame de ultrassom foi constatada uma significativa esplenomegalia e uma hepatomegalia um tanto discreta, porém palpável e com diversos pontos hiperecóicos espalhados no parênquima. Foi dado como causa de sua prostação o fato de que haviam fezesretidas na porção final do intestino grosso, causando um acúmulo expressivo de gases, inclusive no estômago, que já havia apresentado sinais anteriores de gastrite.
Comentários
Postar um comentário