Dilatação visível da veia esplênica

Muitos animais apresentam problemas cardio-vasculares que podem passar desapercebidos na clínica veterinária, já que os sinais são normalmente sutis ou até ausentes, mostrando-se apenas na prática de exercícios físicos intensos, atividade pouco praticada por pacientes que vivem em apartamentos ou em canis. 

As principais causas de doenças cardíacas em animais de companhia são as influências do sistema nervoso autônomo (influência simpática por excitação, exercício, dor ou febre; influência respiratória no tônus vagal e doenças cerebrais orgânicas que causem estimulação vagal ou simpática), algumas raras doenças hereditárias, lesões adquiridas ao sistema de condução, cardiomiopatias dilatada (em cães, mais comumente) e hipertrófica (mais observada em gatos) e neoplasias; pode-se citar também causas congênitas como a persistência de ducto arterioso, as doenças dos átrios e ventrículos (neoplasia causando arritmia, miocardite...) e aquelas causas extracardíacas como a hipoxia, os distúrbios do equilíbrio ácido-básico e/ou eletrolítico, os medicamentos e as doenças endócrinas como diabetes melito, hipertireoidismo, dentre outras (NORSWORTHY et al, 2004).

Na ultrassonografia abdominal, o veterinário deve ficar atento ao tamanho de órgãos parênquimatosos como o fígado e o baço e ao diâmetro dos vasos visíveis da região. O fígado aumentado de tamanho acompanhado de dilatação vasculares evidente e proporcional aumento esplênico são fatores sugestivos de diabetes melito, especialmente. Depois deve-se pensar em doenças cardio-vasculares e outros distúrbios endócrinos. 

Alguns pacientes podem ficar tão ansiosos e nervosos com a realização do exame de ultrassonografia em decúbito dorsal, que seus vasos portais podem se tornar especialmente dilatados.

Nesse caso especificamente, a paciente foi posteriormente diagnosticada com um possível distúrbio cardíaco.