Pular para o conteúdo principal

Cirptorquidia: onde procurar o(s) testículo(s) remanescente(s)


A criptorquidia decorre ausência de exposição correta dos testículos, podendo acometer apenas um deles ou ambos, devido ao estreitamento idiopático do canal inguinal. 

Quando no útero materno, os testículos dos fetos de cães e gatos do sexo masculino localizam-se dentro da cavidade abdominal dos mesmos. Pensando anatomica e fisiologicamente, os testículos são o substituto masculino dos ovários, apresentando funções proporcionalmente similares e localizações intra-abdominais igualmente parecidas. 

Tendo em mente a anatomia, recomendo começar posicionando seu transdutor com o apontador cranial, na linha alba, ventral à bexiga urinária. Visualizando a bexiga, corra o transdutor caudalmente em direção à próstata para então começar a virar seu pulso com o pobre para a esquerda e a direita, suavemente. É muito comum encontrar o testículo nessas regiões laterais à próstata.

A estrutura observada será muito parecida à esta da imagem; ovalada, parênquimatosa e mais provavelmente lisa e homogênea. Algumas vezes será possível distinguir epidídimo e testículo, já que normalmente o ultrassom é indicado logo que há a constatação de criptorquidia parcial ou completa e a tão comum neoplasia local ainda não se instalou. Caso o testículo já tenha sido dominado por tecido neoplásico, a aparência poderá ser das mais diversas, mas principalmente grosseiro, heterogêneo e vascularizado excessivamente.

Quando ele ou eles não forem encontrados em região inguinal, o ultrassonografista deve procurar em região ovariana, ou seja, caudalmente aos rins em aproximadamente 2 cm. 

Alguns cães e gatos poderão apresentar testículos remanescentes em região inguinal subcutânea, na porção medial dos membros posteriores e até próximo à região perianal. Raríssimas vezes essas glândulas poderão estar inseridas no meio da musculatura, confundindo-se facilmente com um linfonodo mesmo à palpação.


Comentários

  1. Muy buen blog, felicitaciones.
    Le dejo otro de un amigo.
    http://neurovetguate.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  2. gracias por visitar mi blog y dejar un comentario. espero que regrese más a menudo. gracias también por la indicación del blog de su amigo, muy bueno!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Alterações esplênicas em cães

As alterações esplênicas em cães normalmente são avaliadas de maneira subjetiva pelo ultrassonografista, já que existe uma variação de porte do paciente bastante grande. Ao contrário da esplenomegalia em felinos, que pode ser observada pelo aumento longitudinal do órgão, esta afecção em cães é comumente constatada pelo aumento transversal do mesmo.  Muitas são as causas da esplenomegalia, sendo importante destacar as hemoparasitoses, as parasitoses intestinais e epiteliais severas e as doenças endócrinas como hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo e diabetes mellitus.  Além do tamanho, o ultrassonografista deve estar atento à ecogenicidade esplênica, que de acordo com o macete "My Cat Loves Sunny Places" (M=medulla; C=cortex; L=liver - fígado; S=Spleen - baço; P=prostate) deve ser discretamente mais hiperecóica que o fígado e um pouco mais hiperecóica do que a camada cortical dos rins.  Outro aspecto importante é a ecotextura deste órgão, sauda

Piometra de coto uterino - algumas apresentações

As imagens acima foram obtidas em exames ultrassonográficos diferentes de algumas pacientes da espécie canina; elas representam algumas formas de apresentação da afecção infecciosa de coto uterino. Note os tamanhos variados de coto, a quantidade e as ecogenicidade e ecotextura variadas.  Esse é um quadro mais comumente observado em paciente da espécie canina e normalmente os sinais aparecem poucos dias após a ovariosalpingohisterectomia (OSH). A explicação para esse acometimento para estar na frouxidão do miometro previamente dilatado pela gravidez, piometra ou cio, combinada ao excesso de tecido uterino deixado pelo cirurgião. A existência prévia de piometra não é um fator totalmente predisponente à formação de piometra de coto uterino, porém pode ser um agravante.

celularidade na bexiga urinária

Nessa foto podemos observar perfeitamente a bexiga urinária, muito cheia, formando um globo anecóico, ilustrando o que se chama de "bola de natal", pois a semelhança da imagem com o brinquedo é inegável. Os pontos hiperecóicos observados flutuando em meio ao líquido (anecóico) são os debris celulares ou pequenos cristais de oxalato ou estruvita ou até mesmo coágulos (a distinção de um ou outro é muito sutil, mas costumo dizer que os cristais são mais "brilhantes" em relação às outras possibilidades e os coágulos os mais hipoecóicos relativamente. Quando maiores, os cristais ou estruturas calcificadas causam a formação de sombra acústica). Para se obter essa imagem deve-se fazer a manobra de balotamente da bexiga, que consiste em posicionar o transdutor sobre a mesma fazendo movimentos rápidos de modo a chacoalhar o abdômen e consequentemente o conteúdo intravesical, levantando possíveis materiais sólidos.. Neste caso os cristais eram de estruvita, mais comu