Pular para o conteúdo principal

Intussuscepção em um cão





A intussuscepção tanto pode ser a causa de manifestações gastrointestinais, quanto o sintoma. Esse termo se refere ao englobamento de um órgão por outro e normalmente envolve as alças intestinais. Casos de diarréia prolongada e peritonite podem levar a esse quadro; o primeiro por causa da intensa motilidade causada pela irritação da mucosa e o segundo porque há uma irritação da camada serosa. A intussuscepção pode ser inconstante, ou seja, aparecer e desaparecer. A solução é cirúrgica e normalmente envolve a retirada da porção alterada da alça intestinal, já que a manutenção prolongada dessa alteração leva à isquemia e à conseqüente necrose do segmento. 

Observando as imagens pode-se compreender perfeitamente o conceito de englobamento de uma porção da alça intestinal pela outra. Normalmente sente-se uma enorme e rígida estrutura tubular no abdomen do paciente, que apresenta sinais clássicos de obstrução, dor à palpação e possivelmente, peritonite. 




Comentários

  1. Oi Fernanda, há um tempo perguntei sobre a imagem de intussepção, e como vc bem me disse realmente é bem distinta se comparada a de um corpo estranho.
    Como lhe disse, gosto muito de ultrassonografia e gostaria de saber se pode me indicar livors, materiais bons que eu possa estudar um pouco, pretendo seguir esta área, e seria bom estudar antes de iniciar um curso.
    Obrigada, Gisele Louise.
    Meu e-mail: giselelouise25@hotmail.com

    ResponderExcluir
  2. Olá Gisele,

    Que bom que você está acompanhando o blog :)

    Eu gosto muito do livro Radiologia e Ultra-sonografia do Cão e do Gato (http://www.centerbook.com.br/Books.asp?cod_livro=KE1202). É meu favorito! Acho conciso e preciso, sem contar que ainda aborta detalhes técnicos da utilização dos aparelhos, coisa que normalmente nem se aprende direito na faculdade.
    Eu começaria por ele :)

    Manteremos contato. Obrigada pelo post!

    Abraços

    ResponderExcluir
  3. Oi Fernanda, muito obrigada pela dica, e com certeza manteremos contato sim.
    Acompanho sempre, seu blog é muito muito bom, traz ótimas informações.
    Obrigada, abraços

    ResponderExcluir
  4. Uma amiga que me indicou o Nyland, também é um bom livro?? O que acha?
    Obrigada

    ResponderExcluir
  5. o nyland também é muito interessante, um pouco mais técnico e pesado (em todos os sentidos). vale a pena dar uma olhada também. :)

    ResponderExcluir
  6. Oi, Fernanda.
    Parabéns pelo Blog.Está ficando muito bom.
    Estou interessado em iniciar um cusro de ultra e trazer este serviço para meu consultório. Qual aparelho de custo razoável vc me indicaria? Ou mesmo qual vc usa atualmente?

    ResponderExcluir
  7. Oi Palanca,
    Obrigada por visitar o blog e deixar um comentário! :)

    Atualmente eu uso o Mindray DP-3300Vet. Ele teve uma ótima relação custo-benefício, mas tem alguns poréns como não ter doppler colorido. A grande vantagem dele são as três entradas USB que permitem que você grave tudo direto num pendrive ou imprima com uma impressora de mesma porta.

    Entre no site www.bolsaus.com para dar uma olhada nas cotações de preço.

    Eu gosto muito do meu, mas cada ultrassonografista tem sua preferência :)

    Abraços e boa sorte!

    ResponderExcluir
  8. ola Fernanda!
    no caso de obstrução quais as prováveis alterações na parte hepática.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Ivan.

      Provavelmente vc terá aumento das enzimas hepáticas como uma resposta aguda. ALT e GGT podem estar aumentadas, assim como a própria FA.

      Excluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Alterações esplênicas em cães

As alterações esplênicas em cães normalmente são avaliadas de maneira subjetiva pelo ultrassonografista, já que existe uma variação de porte do paciente bastante grande. Ao contrário da esplenomegalia em felinos, que pode ser observada pelo aumento longitudinal do órgão, esta afecção em cães é comumente constatada pelo aumento transversal do mesmo.  Muitas são as causas da esplenomegalia, sendo importante destacar as hemoparasitoses, as parasitoses intestinais e epiteliais severas e as doenças endócrinas como hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo e diabetes mellitus.  Além do tamanho, o ultrassonografista deve estar atento à ecogenicidade esplênica, que de acordo com o macete "My Cat Loves Sunny Places" (M=medulla; C=cortex; L=liver - fígado; S=Spleen - baço; P=prostate) deve ser discretamente mais hiperecóica que o fígado e um pouco mais hiperecóica do que a camada cortical dos rins.  Outro aspecto importante é a ecotextura deste órgão, sauda

Piometra de coto uterino - algumas apresentações

As imagens acima foram obtidas em exames ultrassonográficos diferentes de algumas pacientes da espécie canina; elas representam algumas formas de apresentação da afecção infecciosa de coto uterino. Note os tamanhos variados de coto, a quantidade e as ecogenicidade e ecotextura variadas.  Esse é um quadro mais comumente observado em paciente da espécie canina e normalmente os sinais aparecem poucos dias após a ovariosalpingohisterectomia (OSH). A explicação para esse acometimento para estar na frouxidão do miometro previamente dilatado pela gravidez, piometra ou cio, combinada ao excesso de tecido uterino deixado pelo cirurgião. A existência prévia de piometra não é um fator totalmente predisponente à formação de piometra de coto uterino, porém pode ser um agravante.

celularidade na bexiga urinária

Nessa foto podemos observar perfeitamente a bexiga urinária, muito cheia, formando um globo anecóico, ilustrando o que se chama de "bola de natal", pois a semelhança da imagem com o brinquedo é inegável. Os pontos hiperecóicos observados flutuando em meio ao líquido (anecóico) são os debris celulares ou pequenos cristais de oxalato ou estruvita ou até mesmo coágulos (a distinção de um ou outro é muito sutil, mas costumo dizer que os cristais são mais "brilhantes" em relação às outras possibilidades e os coágulos os mais hipoecóicos relativamente. Quando maiores, os cristais ou estruturas calcificadas causam a formação de sombra acústica). Para se obter essa imagem deve-se fazer a manobra de balotamente da bexiga, que consiste em posicionar o transdutor sobre a mesma fazendo movimentos rápidos de modo a chacoalhar o abdômen e consequentemente o conteúdo intravesical, levantando possíveis materiais sólidos.. Neste caso os cristais eram de estruvita, mais comu