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Sugestões

Caros colegas e proprietários, É graças às visitas de vocês que posso cada vez mais ampliar minhas áreas de discussão e aprender mais sobre o estudo e análise de exames ultrassonográficos. Por isso gostaria de pedir sugestões de tópicos. Quero tornar o blog um local de estudos para futuros veterinários e apaixonados por imaginologia.  Deixem comentários que farei o possível para trazer assunto cada vez mais interessantes!

Alterações esplênicas em cães

As alterações esplênicas em cães normalmente são avaliadas de maneira subjetiva pelo ultrassonografista, já que existe uma variação de porte do paciente bastante grande. Ao contrário da esplenomegalia em felinos, que pode ser observada pelo aumento longitudinal do órgão, esta afecção em cães é comumente constatada pelo aumento transversal do mesmo.  Muitas são as causas da esplenomegalia, sendo importante destacar as hemoparasitoses, as parasitoses intestinais e epiteliais severas e as doenças endócrinas como hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo e diabetes mellitus.  Além do tamanho, o ultrassonografista deve estar atento à ecogenicidade esplênica, que de acordo com o macete "My Cat Loves Sunny Places" (M=medulla; C=cortex; L=liver - fígado; S=Spleen - baço; P=prostate) deve ser discretamente mais hiperecóica que o fígado e um pouco mais hiperecóica do que a camada cortical dos rins.  Outro aspecto importante é a ecotextura deste órgão, s...

Diabetes mellitus: alterações sonográficas

A diabetes mellitus é uma doença caracterizada pelo aumento sérico de glicose ocasionado por duas situações distintas: a falta de produção de insulina pelo pâncreas ou a resistência periférica à insulina. Normalmente a falta de produção de insulina é desencadeada pela auto-destruição das células beta e caracteriza a diabetes do tipo I por estar associada a doenças auto-imunes. Já a resistência à insulina ou até a produção insuficiente de insulina (insuficiente para o consumo exagerado de glicose - pouco comum em pacientes veterinários) são características da diabetes do tipo 2.  Devido a eventos metabólicos associados à alta glicemia, o fígado do paciente diabético pode se tornar lipidótico, consequentemente hiperecóico e aumentado de tamanho. As duas figuras ilustram um fígado normal (primeira figura de cima para baixo) e um fígado lipidótico (segunda figura) para que a comparação possa ser feita, uma vez que a ecogenicidade de um órgão é bastante relativa aos ajuste...

QUIZ: Qual é o seu diagnóstico?

Dados do paciente: - Espécie: Canina - Raça: Shih-tzu - Idade: Não informada - Cor: Característica - Sexo: Masculino - Esterilizado: Não Histórico recente: - Vítima de atropelamento.  Descrição da obtenção da imagem: - Paciente em decúbito lateral direito.  - Posicionamento do transdutor conforme indicado na figura no canto inferior esquerdo da imagem. Legendas: - cor = coração - fgd = fígado - cost = costela

Corpora lutea e folículo em ovários de cadela

Os corpora lutea ou corpos lúteos (corpos "amarelos", pois assim o são quando vistos a olho nu) são uma cicatriz deixada pelo folículo ovariano. Enquanto este produz majoritariamente estrógeno, aqueles são responsáveis pela maioria da produção de progesterona, que, como o próprio nome sugere, é um hormônio de manutenção da gestação em fase inicial; sua impermanência, inclusive, pode ser responsável por aborto espontâneo ou reabsorção fetal. Como se trata de uma cicatriz, sonograficamente é esperado que essa estrutura apareça como tal: hiperecóica em relação ao parênquima intacto, sem produção de sombra acústica, já que não se trata de uma calcificação. Por outro lado, os folículos ovarianos são preenchidos por conteúdo líquido e podem atingir proporções significativamente grandes em relação aos ovários, estando presentes no período fértil do ciclo estral das cadelas e gatas. Sua localização no ovário pode ser central ou em bordas. Os cistos responsáveis pela síndr...

Piometra de coto uterino - algumas apresentações

As imagens acima foram obtidas em exames ultrassonográficos diferentes de algumas pacientes da espécie canina; elas representam algumas formas de apresentação da afecção infecciosa de coto uterino. Note os tamanhos variados de coto, a quantidade e as ecogenicidade e ecotextura variadas.  Esse é um quadro mais comumente observado em paciente da espécie canina e normalmente os sinais aparecem poucos dias após a ovariosalpingohisterectomia (OSH). A explicação para esse acometimento para estar na frouxidão do miometro previamente dilatado pela gravidez, piometra ou cio, combinada ao excesso de tecido uterino deixado pelo cirurgião. A existência prévia de piometra não é um fator totalmente predisponente à formação de piometra de coto uterino, porém pode ser um agravante.

Sonda uretral em um gato

Proprietário relata anúria. Paciente da espécie felina, sexo masculino.  A principal suspeita é obstrução uretral, muitas vezes causada por sedimentos acumulados no local, formando o "plug". Os sedimentos urinários em felinos podem ter diversas origens, sendo as principais a mudança de pH urinário devido à alimentação e à idade do paciente, a pirexia crônica e a presença de cálculos de grande porte, tanto de estruvita quanto de oxalato. Este paciente já havia sido atendido e sondado, por isso podemos observar a sonda neste exame. Abaixo observa-se a causa provável deste quadro neste paciente: coágulos em grande quantidade e de grande porte são vistos nessa imagem (diferencia-se coágulo de cálculo ao visualizar sombra acústica no segundo).